segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Diário de um Cão

Tire um minuto do seu tempo para essa leitura, vale a pena.

1ª semana:
- Hoje completei uma  semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!

1º mês:
- Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!

2 meses:
- Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito inquieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova "família humana" cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 meses:
- Cresci rápido, tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como "irmãozinhos". Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu os  mordo de brincadeira.

5   meses:
-  Hoje me deram uma bronca. Minha dona se incomodou porque fiz "pipi" dentro de casa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para aguentar.

8   meses:
- Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar, sinto-me tão seguro, tão protegido... Acho que a minha  família humana me ama e me consente muitas   coisas.
O pátio é todinho para mim e, às vezes, me  excedo, cavando na terra como meus antepassados, os   lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam. Deve ser correto tudo o que faço.

12 meses:
- Hoje completo um ano. Sou um cão adulto.
Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de   mim!! 

13 meses:
- Hoje me  acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma   sombra.
Dizem que vão me observar e que sou um ingrato.   Não compreendo nada do que está   acontecendo.

15 meses:
- Nada é igual... Moro na varanda. Sinto-me muito só. Minha  família já não me quer! Às vezes esquecem que tenho  fome e sede. Quando chove, não tenho teto que me abrigue...

16 meses:
- Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família  me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com  gosto. Meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear em  sua companhia!
Nos direcionamos para a rodovia e,   de repente, pararam o automóvel.
Abriram a porta e eu  desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo.
Não compreendo porque fecharam a porta e se foram. "Ouçam, Esperem!" lati... se esqueceram de   mim... Corri atrás do carro com todas as minhas  forças.
Minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam.
Haviam me esquecido.

17 meses:
-  Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom  coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo de minh'alma. Eu gostaria que me adotassem:  seria leal como ninguém!
Mas somente dizem: "pobre  cãozinho, deve ter se perdido."

18 meses:
- Um dia destes, passei perto de uma escola e vi  muitas crianças e jovens como meus "irmãozinhos".   Aproximei-me e um grupo deles, rindo, me jogou uma chuva de pedras "para ver  quem tinha melhor pontaria". Uma dessas pedras feriu-me o   olho e desde   então, não enxergo com ele.

19 meses:
- Parece mentira Quando estava mais bonito,  tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu  olho e as pessoas me mostram a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena  sombra.

20 meses:
- Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um me jogou! Eu estava no lugar seguro chamado "calçada", mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do   condutor, que até se vangloriou por acertar-me. Quisera que tivesse matado!   Mas só me deslocou as cadeiras! A dor é terrível!
Minhas patas traseiras não me obedecem e  com dificuldade arrastei-me até a relva, na beira do   caminho..
Faz dez dias que estou embaixo do sol, da  chuva, do frio, sem comer. Já não posso mexer-me! A dor é insuportável!   Sinto-me muito mal, fiquei num lugar úmido e parece que até o meu pelo esta   caindo...

Algumas pessoas passam e nem me vêem;   outras dizem: "não chegue perto". Já estou quase   inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua   voz me fez reagir. "Pobre cãozinho, olha como te deixaram", dizia... junto com   ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e   disse:
"Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio". É melhor que pare de sofrer".
A gentil  dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou.   Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que   me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injeção e dormi para  sempre, pensando em porque tive que nascer se ninguém me  queria...

Tenha consciência que quando adotar um animal, ele se tornará totalmente dependente de você.

Equipe Focinhos Carentes Jaraguá do Sul

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